segunda-feira, 18 de julho de 2011

De cabeça para baixo!

Você já se pegou com a sensação de que
      
alguma coisa está errada?

   Se um visitante de outra dimensão ligar a TV aqui na Terra, terá uma
 triste amostra do que é nosso mundo hoje.
      Verá notícias sobre agressividade gratuita, corrupção - impunidade; 
verá comerciais estimulando o consumo de bebidas e comida, roupas, 
valorização extremada da aparência física, da necessidade de
 TER cada vez mais coisas, levando a competição e a crença 
de que o poder está no que se TEM, na aparência, ao invés de QUEM SE É. Verá programas explorando sexualidade, mais violência, expondo a vida alheia nos reality shows, novelas  - mantendo o foco nas estórias de outros, no externo. Olhar para fora para não olhar para dentro. Verá também alguns programas sobre saúde, bem estar, cultura (quantos destes você tem assistido ultimamente?)
      
        Mas a TV apenas reflete o que vivemos. Nosso personagem vai entender porque este mundo está como está: a ênfase e constante estímulo ao negativo traz resultados desastrosos para o Homem, que se “protege“ dessa ação danosa com a anestesia, o não-se-importar mais - e a insensibilidade se instala no coração.
 Instala-se também a descrença nos valores éticos e morais e o desrespeito pelas regras, assim como o descompromisso nas relações pessoais e profissionais -que gera má qualidade nos serviços e a incompetência do fazer por fazer. Instala-se o desinteresse pelo que não me diz respeito ( vulgo egoísmo), a individualidade distorcida, que na verdade é individualismo: prega a individualidade na diversidade, que na verdade não passa de restringir o olhar  para o próprio umbigo...

      Como conseqüência aparecem listas intermináveis de medicamentos receitados, insatisfação, problemas de coluna (estrutura física na vida), pressão alta, agitação, ansiedade, inquietude e desespero, desânimo; falta de tempo para coisas
agradáveis, como estar com pessoas queridas, ser grato pelas conquistas...         
      “Mas é assim que as coisas são! Não dá pra fugir. Todos fazer assim. É o normal.” E com a indiferença, a insensibilidade se fortalece. Todos fazem e eu também, para “não ficar de fora”! Quero ser “normal” e sigo fazendo sem pensar, no automático. Milhões de pessoas “iguais normais”, perdidas na ilusão da inexistente diversidade. Normal é o que segue  normas. Este é o padrão atual: individualismo, desrespeito,   des-compromisso, desinteresse pelas condições saudáveis da vida. O “normal”, hoje,  parece interessante para você? Que “normas e padrões” são esses?

      
NORMOSE - é isto que estamos vivendo: 
a neurose da normalidade, a doença de ser 
o “normal” doentio. 
Vivemos a inversão dos valores: “o que estava certo, é errado hoje; o que estava errado, passa a ser certo!” 
De “ponta-cabeça”!

Alguém tranqüilo, hoje, ao invés de servir de exemplo, pode ser criticado com o rótulo “Zen”; estar em dia com as novidades no mercado é  mais importante  do que a forma como me relaciono com as pessoas;  questionar o “status quo” corre o risco de ser tachado de sonhador, fora da realidade  - o que na verdade é uma demonstração de sanidade  -  querer estar fora do que é doente...

       Talvez, neste momento, você  já nem saiba mais se faz o que realmente gostaria de fazer, ou se está automaticamente repetindo o QUERER da NORMALIDADE externa...
      Normose... Conectado fora, seguindo modelos externos, normal como os outros   - - e por isso próximo dos outros  -,  mas longe de você mesmo. Conformado, como a Gabriela da música...
    O homem, capaz de tanta tecnologia e criação, se deixou levar por essa onda de normalidade, que impede olhar para si mesmo. Mas apenas quando olhamos para dentro de nós, podemos realmente desenvolver nossa individualidade, chamada identidade. Porque é daí que surgem os valores éticos, como respeito, só então é possível compartilhar ao invés de competir.
Quem é você REALMENTE ? 
O que você faz bem? 
Quais suas dificuldades? 
Olhar para dentro com honestidade e humildade. Todos temos qualidades que trouxemos conosco e desafios a cumprir, coisas a aprender.

Conhecer quem você é  - realmente - é a base de uma nova postura na vida.
         
Olhe para dentro de você agora: quais as coisas “normais” que vem fazendo  - veja honestamente, como elas ressoam em seu coração?
        
      Parece ter chegado o momento de rever essa “norma” e iniciar a revolução dos padrões internos que o afastam do caminho que faz real sentido pra você. E, se você não se encontra nessa “faixa de normalidade” - tem uma grande responsabilidade em ser um ponto de apoio dentro do “anormal” - para não tomar a posição de cúmplice pela inoperância...
      Olhar com outros olhos  - os olhos de dentro. Olhar para os desafios como degraus em direção ao seu aprimoramento ( afinal isto é que viemos fazer aqui, apesar de muitos ainda acreditarem que viemos apenas curtir e usufruir do Planeta...)Colocar-se na direção de um horizonte mais amplo, em sintonia com seu legítimo potencial para realização e crescimento.
     Talvez você sinta esse movimento difícil de ser feito sozinho. Então use de humildade e peça ajuda aos amigos, a pessoas em quem confia, ou a um profissional.
     
      Este movimento para dentro pode dar um pouco de trabalho, e exigir algo hoje um tanto fora de moda  - responsabilidade pelos nossos atos. Mas a recompensa é preciosa. Ela leva você de encontro com a verdade, a possibilidade de tomar de volta às suas mãos as rédeas de sua vida. Deixar de lado a posição ilusória de “normal independente”  - mas realmente preso aos ditames externos  - para assumir o controle de sua vida. Do jeito que VOCÊ quer, do jeito que faz seu coração feliz, realizado. E então seu coração não vai um dia precisar de tanta medicação para continuar batendo ritmado,  tranqüilo, com força e alegria.
     E você pode então se abrir para o poder  - o real poder:                                         

Você é dono  
- agente consciente de sua vida!
Esta é a verdade. 
Des-invertida. 
De cabeça para cima!

        
          


Porque isto está acontecendo comigo?


Em algumas fases da vida, esta questão vem à tona, trazendo muitas vezes desespero, inconformismo,  negação.  A visão da situação torna-se turva, quando não negra. Impossibilidade, intransponibilidade, limitação e sofrimento  são as palavras-chave. Não sobra espaço para olhar para a situação com bons olhos.

Muitos filósofos falam sobre a Vida como uma grande Escola, que nos oferece lições a serem aprendidas. Mas o que define essas lições? Porque essas e não outras? Nosso ego gosta de ter o controle das coisas e situações, e quando esse controle não existe vem a ansiedade, a angústia, ou a irritação. Mas não temos esse controle: isto é uma ilusão!

Refletindo, comecei a olhar para essa questão sob a luz da Astrologia, do Feng Shui e das Constelações Sistêmicas. 
Cada um de nós veio para este Planeta com um propósito a  trabalha,  que traz em sua essência as ferramentas facilitadoras – as qualidades -,  assim como os desafios a superar – nossas dificuldades.


            Para que essas condições de aprendizado se apresentem, somos colocados em degterminadas condições concretas. Imagino a cena de nossas Almas “sentadas” ao lado de “Orientadores de Almas”, apresentando conquistas anteriores – o que já conseguiu aprender e assimilar, e os aspectos ainda pendentes no aprendizado – as tais dificuldades. E então o orientador estaria dizendo: “Se é isso que você quer desenvolver desta vez,  precisa nascer em tal dia, tal horário, tal cidade, em determinada ”barriga”, vai morar em determinada casa com aquela planta, e vai mudar de casa algumas vezes - ou não.
            Como sua resposta foi afirmativa, você nasceu nas condições “combinadas” e está aqui hoje, 
-  com um mapa natal determinado pelo dia, hora, cidade de nascimento; 
-  faz parte de um sistema familiar, com papai e mamãe do jeito que são – e do jeito que precisam ser para ter oferecer o aprendizado que veio buscar;
-  vem morando em locais com plantas e estruturas físicas que também interferem e contribuem para o  aprendizado definido com seu “orientador” 
                                    -  o contrato de sua alma com o Sagrado  - 
            Sincronicidade. Nada Acontece por acaso.
            Pensando assim, fica mais fácil olhar para os desafios que vivemos, tomando para si a responsabilidade pela existência deles, como resultado de sua Escolha, anterior à chegada no Planeta. Foi esta história que você, lá atrás, escolheu viver. Mas trouxe com você as ferramentas necessárias para esta etapa do Curso da Vida.
            O Universo não é  pai torturador, e nem a Natureza mãe Madrasta.  Fomos nós que escolhemos a história atual como um capítulo de  nosso crescimento.
            Que crescimento é esse? Muito maior do que consegue perceber a consciência ligada à porção do ego que restringe e distorce.  É o crescimento da Alma! e a partir desta perspectiva, possível sair da limitação, do sofrimento, da anestesia, impostos pelo "ego negativo", expandindo a percepção para incluir a percepção da Alma.
           
           Quando nos abrimos para olhar de forma ampliada para o que estamos vivendo, saímos da sensação de restrição, impossibilidade, que traz a indignação e desespero frente às dificuldades a serem atravessadas. Surge aí uma brecha para, talvez,  um estreito feixe de luz, que nos permite exercer – aí sim – o tal livre arbítrio: como vamos lidar com a história que escolhemos? Como vamos resolver os desafios escolhidos por nós? Isto é, como vamos fazer nossa lição de casa?
           Quando bem trabalhada, a consciência está por trás de toda e qualquer interferência construtiva e saudável.
            O mapa natal, com planetas e signos em posições únicas e pessoais em nossa carta, nos mostra o plano dessa história: o que trazemos e como podemos lidar com as diferentes áreas de experiências que a vida oferece; o estudo dos períodos nos mostra como esta proposta é atualizada pelo movimento constante dos planetas no céu.
Os locais de moradia e trabalho nos oferecem a oportunidade de adequar nossa forma de funcionar, em sintonia com as áreas de experiência da vida, que se concretizam espacialmente na projeção do Ba-guá sobre a planta baixa das casas onde vivemos ou trabalhamos.
O sistema familiar nos permite melhorar a forma como lidamos com as leis do Amor que regem os relacionamentos.
     Desafios cósmicos e planetários, espaciais, energéticos, sistêmicos.
     Astrologia, Feng Shui e Constelações Sistêmicas – linguagens diferentes – que se compõem para a compreensão e consciência do que viemos fazer, o que trouxemos, e o que temos que buscar para chegar com Sucesso e Realização no final da estrada deste caminho – esta etapa da vida.
                                                                                   Denise S. Constantino 
                                                Instituto Lothus - Academia de Consciência